28º Domingo do Tempo Comum

Arte: Frei Fábio Vasconcelos, OFM

É tão bom quando recebemos um convite para participar de uma festa, pois quando somos convidados por alguém que gostamos sentimos uma grande alegria. É muito bom participar do convívio com amigos, prestigiar uma pessoa ou simplesmente celebrar um evento na vida da pessoa. Celebrar significa tornar conhecido aquele acontecimento. Mas, toda festa precisa de preparação, tanto pela pessoa que convida como também pelos participantes. Normalmente, quando somos convidados a primeira coisa que pensamos é a roupa que vamos usar. É preciso usar uma roupa adequada para cada tipo de festa. Ninguém vai para uma festa de casamento com roupa de banho, ou, para uma festa à beira da piscina com vestido de noiva. Cada festa com seu próprio traje.

No evangelho de hoje, um convidado foi retirado porque não vestiu a roupa adequada. Para entender este fato, é preciso compreender o sentido desta parábola de Jesus. O Rei é Deus que organiza a festa de núpcias de seu próprio Filho, Jesus. A festa de casamento significa a aliança de Deus com seu povo e o banquete que Deus preparou para o povo é participar da alegria do reino. A esposa é a humanidade inteira ou todos nós que somos convidados a participar da alegria do banquete. Os que participam da festa precisam vestir a roupa das boas obras dos justos, mas nem todos os convidados aceitam o convite de participar.

Cada um tinha seu próprio interesse, um para seu campo, outro para seus negócios e até maltrataram os empregos que faziam o convite. Estes não somente recusaram o convite, mas não queriam que a festa acontecesse, pois recusaram o amor e a gratuidade de Deus, um fato muito comum na sociedade de hoje. Mas, Deus não desiste e os empregados saíram pelos caminhos e estradas e a sala da festa ficou cheio de bons e maus. O convite para participar do banquete do reino é feito para todos, sem distinções, mas, aderir a pessoa de Jesus e sua palavra exige uma resposta de mudança de vida e nem todos estão dispostos a mudar sua veste. Em outras palavras, participar da festa é comprometer-se com a justiça do reino.  O compromisso com a justiça é a única resposta coerente que podemos dar ao convite gratuito de Deus.

Então todos nós somos os convidados e qual será nossa resposta? Estamos no primeiro ou segundo grupo? Os do primeiro grupo encontram muitos motivos e desculpas para não participar: o comodismo diante do apelo de conversão; os afazeres terrenos que empatam, pois, a festa com Deus e os irmãos parece uma perda de tempo; ou simplesmente não querer vestir a roupa adequada da justiça do reino.

Enquanto isso, os do segundo grupo são as pessoas humildes encontradas ao longo dos caminhos que acolhem com alegria profunda a festa preparada pelo Senhor. Participar deste grupo significa não somente entrar na sala da festa, mas também mudar de roupa e vestir a roupa da justiça, da fraternidade, da partilha e da reconciliação.

Estamos no terceiro domingo do mês de outubro, mês dedicado às missões. O convite de Deus exige de cada um de nós um compromisso maior, pois o nosso Rei se aproxima. São Paulo, na sua carta aos Filipenses, se mostra inteiramente confiante diante de qualquer situação: a miséria ou a abundância. Ele é o grande missionário que reconhece a ação de Deus em sua vida: “Tudo posso naquele que me dá força” (Fl 4, 13). Façamos o nosso pedido a Deus para não somente aceitar o convite para celebrar juntos o banquete do reino, mas também vestir a roupa da justiça para tornar conhecido a alegria de vivermos verdadeiramente o nosso compromisso de cristãos no mundo.

Por: Frei Gregório Joeright, OFM

Referências:

BORTOLINI, Padre José. Roteiros Homiléticos: Anos A, B, C, Festas e Solenidades. Brasil: Paulus Editora, 2014.

COSTA, Padre Antônio Geraldo Dalla. Buscando Novas Águas. Disponível em: https://www.buscandonovasaguas.com/index.php?menu=home. Acesso em: 03 fev. 2022.

A Fé Compartilhada – Pe. Luís Pinto Azevedo

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