Coleta para a Terra Santa, Gugerotti: “Que a Igreja ajude a vida a renascer”

Imagem: Vatican News

Carta do prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais para a coleta de ofertas a serem enviadas à Terra Santa na Sexta-feira Santa: “Respondamos ao grito daqueles que estão em grave sofrimento”. O cardeal lança um apelo a todas as crianças: “Elas têm o direito de viver em paz e ter suas casas e escolas de volta, de brincar sem medo de ver novamente a risada satânica da morte”.

 

Cardeal Gugerotti

Cardeal Gugerotti (Imagem: Wikipédia)

A Igreja, “em resposta ao grito de quem se encontra em grave sofrimento”, tem o dever de “correr para ajudar, o mais depressa possível, a vida a renascer”. Com estas palavras, o Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, Cardeal Claudio Gugerotti, em carta divulgada nesta segunda-feira, 17 de março, exorta os fiéis de todo o mundo a participarem da tradicional Coleta em favor da Terra Santa, que se realiza todos os anos na Sexta-feira Santa. Enquanto a região vive um momento de tensão e fragilidade, o purpurado reitera que “todos, começando pelas crianças, têm o direito de viver em paz e de ter casas e escolas de volta, de brincar juntos sem medo de ver novamente a risada satânica da morte”. Por isso, é necessária “a doação generosa” dos fiéis de todo o mundo, para apoiar os Frades Menores da Custódia da Terra Santa e as comunidades cristãs presentes, que desde “o tempo de Jesus” se preocupam em salvaguardar os Lugares Santos, escreve o cardeal.

Uma trégua frágil e um momento difícil

O cardeal recorda o “choro”, o “desespero” e a “destruição” que ocorreram na Terra Santa nestes últimos anos de violência e conflito. Embora “nosso coração esteja aliviado com a trégua em vigor”, sabemos que “ela é frágil e, por sua própria natureza, não será suficiente sozinha para resolver os problemas e extinguir o ódio naquela área”, escreve ele. Além disso, “após a pandemia” e “a interrupção quase total das peregrinações”, muitos cristãos foram forçados ao exílio. Neste contexto difícil, “em que as entradas econômicas provenientes da própria região foram reduzidas ao mínimo”, a Coleta se torna, portanto, “um recurso essencial” porque está em jogo “a sobrevivência” da “preciosa presença cristã” na Terra Santa, que remonta diretamente ao tempo de Jesus.

“Se quisermos fortalecer a Terra Santa e garantir um contato vivo com os Lugares Santos, precisamos apoiar as comunidades cristãs que, em sua variedade, oferecem seu louvor perene ao Deus conosco, também em nosso nome”, enfatiza ainda Gugerotti. “Recordando as imagens de destruição e morte que passaram constantemente diante de seus olhos nestes tempos de novo Calvário”, façam da Coleta “uma de suas prioridades pastorais”.

Os cristãos na Terra Santa esperam por você

Recordando as palavras de Francisco na carta aos católicos do Oriente Médio de 7 de outubro de 2024, que definiu os cristãos na Terra Santa como “um pequeno rebanho indefeso, sedento de paz” e uma “semente amada por Deus” que sempre encontra “o caminho para o alto”, o cardeal Gugerotti, em nome do Pontífice, exorta os bispos e os fiéis a não esquecerem esses irmãos, que zelam diretamente pelos Lugares Santos, e “são a encarnação da Encarnação” e “o patrimônio de todos”.

Apesar das dificuldades, neste Tempo de Quaresma “nos é devolvida a esperança de ver o Ressuscitado, Jesus Cristo, nosso Senhor, que naquela mesma terra mostrou, vivo, as chagas de sua paixão”, sublinha o prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais. “Deus não se esquecerá, especialmente neste Ano Jubilar da Esperança, de quem se tornar testemunha da Sua Providência e instrumento da Sua Paz. Nossos cristãos nessas terras esperam por você.”

Vídeo: Apoiar os cristãos na Terra Santa: Um ato de misericórdia (Christian Media Center)

Leia o texto completo da Carta do Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais

Fonte: Vatican News

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