Em Santarém, cerca de 400 pessoas participam do 8º Encontro Arquidiocesano de CEBs

Foto: Pascom Santarém

O 8º Encontro Arquidiocesano das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Arquidiocese de Santarém reuniu aproximadamente 400 participantes no período de 20 a 22 de setembro. Foram três dias com momentos de reflexão, análises, partilha e muita animação. Com muita intensidade foi refletida a temática “Cebs, Igreja em saída, em busca da vida plena”, analisada a partir do método ver, iluminar e agir. Ao final, foi elaborada uma carta a ser divulgada nos próximos dias pela Equipe de Animação das CEBs.

O encontro ocorreu em seis lugares: Paróquia São Francisco de Assis (Casa Comum), Paróquia São Raimundo Nonato (Tenda 01), Igreja São Paulo Apóstolo (Tenda 02), Paróquia São João Batista (Tenda 03), Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe (Tenda 04) e Paróquia Nossa Senhora do Rosário (Tenda 05). Houve momentos em que os participantes estivem juntos na Casa Comum e outros momentos estiveram nas tendas.

Os assessores foram o Pe. José Boeing, SVD, que fez uma análise de conjuntura a partir do questionamento: “Como vai a vida do povo na sua Região”; o Frei Edilson Rocha, OFM, que fez uma análise eclesial a partir da pergunta fundante: “…e como a Igreja responde a esta realidade?”; a Irmã Tea Frigerio, Missionária de Maria – Xaveriana, biblista, que conduziu o iluminar a partir do estudo bíblico. O encontro também contou com assessoria de membros da Equipe de Animação das CEBs.

Pe. José Boeing afirma que as CEBs são a força da Igreja, sendo base e estão na realidade. “Então, o impacto é que eu estou no meio de um movimento que se chama Planeta ou a Casa Comum. E nesse termo, o que impacta, por exemplo, eu olhar essa realidade se nós somos Igreja. Nós queremos dizer que somos criados para ser fraternidade, para igualdade, para convivência humana, vida comunitária. Quando eu vivo a fé em Jesus Cristo na comunidade, eu quero o bem comum para todos. E esse bem comum deve ser o bem viver”, ressaltou.

Segundo Frei Edilson, todas as análises feitas atualmente da situação eclesial do Brasil apontam para as CEBs como uma resposta aos grandes desafios que a Igreja enfrenta hoje na realidade atual. “Porque as comunidades eclesiais de base são uma forma de capilaridade da Igreja, ou seja, da Igreja chegar a todas as pessoas ou pelo menos está presente na sociedade”, salientou. Frei Edilson completou que as CEBs devem ser comunidades missionárias, levando o anúncio da Palavra de Deus, a iniciação cristã e o testemunho, também, para aqueles que estão distantes, como a periferia, por exemplo. Ele afirmou que as CEBs têm um futuro e possuem uma grande missão na Igreja de ser essa face missionária nas bases.

A Irmã Tea diz em que consiste os verbos sair e cuidar na missão das CEBs, a partir da Palavra de Deus. “Na missão da CEBs, sair é um verbo fundamental. Eu penso que sair é o verbo do DNA de todos os discípulos e discípulas de Jesus de Nazaré. Então, ainda mais para a CEBs, porque as CEBs, como Jesus de Nazaré, elas têm que estar em saída para cuidar dos últimos, dos pequenos, da Mãe Terra, porque sair era a resposta em dizer sim a vida”, assegurou a religiosa. Ela afirmou ainda que as primeiras comunidades cristãs, que se reuniam nas casas para celebrar e partilhar, são a inspiração direta para o modelo de organização das CEBs: “É nas casas, e não nos templos, que surgem as novidades, que se experimentam novas formas de viver, inclusive uma nova economia”.

O Arcebispo de Santarém, Dom Irineu Roman, ressaltou que na 9ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral houve inclusão das CEBs nas prioridades pastorais. Ela é a terceira prioridade do Plano Arquidiocesano de Pastoral 2024-2027. “As CEBs precisam ser hoje bem missionárias e ir ao encontro das pessoas para levar a Palavra, o amor de Deus, para espalhar a fé junto do povo, principalmente junto aos mais afastados”. De acordo com Irineu, as CEBs têm uma dimensão social muito importante: “É muito bonito ver as comunidades espalhadas por nossa arquidiocese, que fazem o trabalho na base, de evangelização, o trabalho missionário”.

Foto: Pascom Santarém

Maria de Nazaré, da comunidade São José – Planalto Santareno, participou deste encontro, e relatou o que significou viver este momento: “Este encontro é uma motivação muito grande para que a gente possa levar força, levar animação para aquele povo que está lá sedento. Muitos querem participar, mas não sabem de que forma, não sabem como fazer. Então, esse encontro das CEBs para nós é muito gratificante, porque nós vamos sair daqui com mais conteúdo, com mais vontade, com mais garra de lutar pelas nossas comunidades, pelas nossas CEBs que são as bases das nossas comunidades. Sem as nossas CEBs, as nossas comunidades ficam fracas. Esse encontro nos fortalece, nos anima e nos faz ter mais vontade de participar agora das CEBs”.

Programação

O Encontro iniciou com a Santa Missa na sexta-feira, dia 20, presidida por Dom Irineu, na Casa Comum (Paróquia São Francisco). Ao longo do dia, teve as análises feitas por padre José Boeing e Frei Edilson Rocha. No sábado, das 8h às 15h, o encontro ocorreu nas tendas (em igrejas de Santarém), sendo cinco locais. Depois, a partir das 15h30, os participantes voltaram a se encontrar na Casa Comum para a reflexão bíblica conduzida por irmã Tea. A programação seguiu na noite de sábado com a Romaria da Vida Plena, saindo de frente da Catedral Metropolitana e seguiu para a Praça da Igreja São Sebastião, onde teve um show cultural. No domingo, último dia, foi para reflexão do agir a partir da pergunta: “Quais pistas de ações para que as CEBs sejam uma Igreja em Saída?”, em seguida, às 11h30, ocorreu a missa de encerramento, também presidida pelo Arcebispo.

Foto: Pascom Santarém

Texto: Pascom Santarém

Colaboração: Raylenne Pinto e Marcelo Santos

Fonte: arquidiocesedesantarem.org.br

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