Ser irmão na minoria, na humildade e na fraternidade
Na quarta-feira 30 os Irmãos Leigos deram continuidade ao encontro refletindo sobre Formação e Estudos. O dia começou com a celebração de Laudes em vários idiomas, seguida de uma apresentação do Pe. Mark Joy G. Basallajes, que ofereceu uma reflexão teológica e histórica sobre a formação dos Irmãos Leigos, enfatizando como a vocação franciscana está fundamentalmente enraizada na fraternidade. Ele enfatizou que a formação franciscana deve ser holística, considerando a pessoa em sua totalidade, e depois continuar com o trabalho nos grupos linguísticos.
À tarde, após a partilha das reflexões dos grupos linguísticos, os irmãos participaram da Eucaristia em Santa Chiara, presidida pelo Definidor Geral Pe. Konrad Cholewa. Em sua homilia, o Pe. Konrad refletiu sobre o testemunho da primeira comunidade cristã e sobre a importância do amor evangélico na vida fraterna, recordando as palavras de São Francisco: “Se uma mãe ama seu filho carnal, quanto mais cada um deve amar seu irmão espiritual”.
No quarto dia do encontro, os frades iniciaram o dia com a celebração da Eucaristia em espanhol presidida pelo Pe. César Külkamp. Em sua homilia, o Pe. César destacou a figura de São José Operário, sublinhando que “o trabalho, realizado com dignidade, permite-nos completar a Criação, porque Deus a confia nas nossas mãos”.
A sessão da manhã foi dedicada à apresentação dos trabalhos da Comissão para as conclusões, em seguida foi aberto um diálogo entre os frades presentes na reunião e a comissão. Seguiu-se a intervenção do Ministro Geral, no seu discurso, Pe. Massimo Fusarelli falou da necessidade de entender a vocação do frade leigo franciscano como uma “narrativa generativa” que pode moldar o futuro, sublinhando que o desafio atual não é simplesmente “reavaliar” a vocação do frade leigo, mas redescobrir a intuição original de uma fraternidade evangélica onde a diversidade de vocações é vivida como uma riqueza.
No último dia, o dia começou às 9:00 com a celebração de Laudes em diferentes línguas; Posteriormente, a comissão apresentou o Documento Final, que após correções foi aprovado pela assembleia.
O Ministro Geral presidiu a Eucaristia de encerramento na Porciúncula, durante a qual destacou a importância da identidade dos Frades Menores como irmãos, para além de qualquer distinção entre clérigos e leigos. Em sua mensagem, ele recordou as palavras do Testamento de São Francisco: “O Senhor me deu irmãos”, destacando como essa fraternidade é o coração do carisma franciscano.
O Ministro também refletiu sobre a necessidade de uma profunda conversão de mentalidade e cultura na Ordem, alertando contra o clericalismo que pode deformar o carisma franciscano. Ele convidou todos os frades a retornarem às suas fraternidades com o coração renovado, levando consigo a visão e a proximidade de Jesus a serviço do povo de Deus.
Fonte: ofm.org