A Conferência da Família Franciscana do Brasil realizou na cidade de Canindé-CE, o Encontro Nacional dos animadores e animadoras do Serviço de Animação Vocacional (SAV) reuniram-se muitos irmãos e irmãs religiosos e religiosas, leigos e leigas comprometidos com esse trabalho tão importante para toda a Família Franciscana, a fim de que, nesse contexto moderno, sejam um sinal de esperança e tornem possível um favorecimento deste serviço à Igreja em seus designados carismas, no que diz respeito ao despertar das novas gerações para uma cultura vocacional, nestes tempos em que se anuncia Jesus Cristo, irmão por excelência, com rosto juvenil, sabendo que ele é a nossa esperança, nossa fé e nosso amor infinito.
Caminhamos com esperança, como Família Franciscana ao vivenciar esta experiência marcada de encontros, partilha das experiências vividas e da caminhada vocacional nas nossas entidades enquanto irmãos e irmãs chamados e chamadas a uma escuta atenta e missionária junto as juventudes.
Para dinamizar a reflexão do encontro, que traz a temática do ano jubilar, “Peregrinos da esperança, no caminho de São Francisco e Santa Clara: ‘entre outros benefícios que temos, está a nossa vocação’” (TSC) o Frei Marconi Lins, OFM, a partir da Bula de Proclamação do Jubileu Ordinário do ano de 2025 “Spes non Confundit” traçou aspectos do chamado, cultivo e acompanhamento vocacional, destacando o papel dos animadores e animadoras vocacionais que está na construção de uma consciência e uma cultura vocacional a partir da contemplação da vida e da responsabilidade com a realidade dos jovens que exige um olhar de cuidado e misericórdia.
Um enfoque foi dado a esta missão em que todos somos interpolados a primeiramente revisitar a própria história e caminhada com o Senhor para reconhecer a presença de Deus na própria vida que dignifica o chamado e anima os corações ao modo do discipulado em Emaús, desse modo, o anúncio do Evangelho vocacional se torna autêntico e frutuoso.
Alguns diálogos que ocorreram durante as assembleias, os religiosos e religiosas buscaram refletir os fenômenos em que está incutido essa ação pastoral vocacional, que mantém a esperança perante os desafios da sociedade hodierna, afim de ajudar os jovens na valorização da vida e no seu compromisso de assumi-la com o sentido de entrega e despojamento na obediência do Senhor que chama.
Por fim, foi concluído que a missão vocacional insista na aproximação daqueles que estão nas margens e periferias da existência e enfrentam um mundo individualista, instável, inconstante, de carências e complexos psicológicos em aberto. É então que o nosso carisma nos leva a uma fraternidade, saindo do nosso comodismo e favorecendo uma visão clara do caminho de Deus que revela sua vontade na simplicidade da vida com ele e com os irmãos e irmãs.
Nesse sentido, não vamos simplesmente abrir as portas dos nossos conventos, mas para além disso, acolher, cuidar, receber aqueles que trazem dentro de si um grande mistério, uma intuição, um chamado todo especial de um Deus que ama e deseja que todos o encontrem, na felicidade e na liberdade. Que possamos buscar o aperfeiçoamento dessa possibilidade de caminharmos juntos para Deus, para um compromisso com o projeto de Jesus Cristo, que sempre buscou nas margens aportar seu barco depois promover a pesca com os seus.
Canindé-CE, 4 de maio de 2025
Frei Antonio Magno, OFM
