Frei Alex completa 20 anos de Ordenação Presbiteral

Foi no feriado do dia 1º de maio de 2004 que Frei Alex Assunção foi ordenado presbítero. Ele escolheu o feriado do Dia do Trabalhador e dia de São José Operário para sua ordenação presbiteral como sinal de serviço na vinha do Senhor. O frade monte alegrense concedeu uma entrevista online para nós. Contou como tudo começou, lembrou do dia da ordenação, destacou algumas de suas experiências e ainda deixou uma mensagem aos leitores e leitoras. 

Comente um pouco sobre a sua caminhada vocacional

A minha caminhada vocacional iniciou quando tinha 14 anos. Eu era aluno da Escola Imaculada Conceição, das Irmãs Franciscanas SMIC. A nossa diretora, Ir. Anunciada, costumava nos oferecer livros para leitura pessoal. Um desses livros falava sobre vocação. Foi aí que comecei a despertar para esta dimensão. Um ano depois iniciei o processo de acompanhamento vocacional. Fr. Paixão foi, o meu “promotor” vocacional (nome usado na época). Em 1993 já estava iniciando o postulantado em Santarém e no ano seguinte já estava no noviciado. Professei os primeiros votos, no dia 07 de fevereiro de 1995. Nesse mesmo ano iniciei os estudos de filosofia em Belém. Após o término da filosofia, em 1998, fiz o Ano Franciscano, em Teresina, no Piauí. Onde trabalhei no Projeto Zabelê, com meninas em situação de risco. Após esse tempo fui para Petrópolis-RJ, onde cursei Teologia (1999-2002). Me ordenei presbítero dois anos depois, no dia 01 de maio de 2004, em Santarém.

O que você recorda do dia da sua ordenação presbiteral?

Foi um dia lindo, inesquecível! Me ordenei no dia de São José Operário e Dia do Trabalhador. A celebração foi realizada na Paróquia de São Sebastião, em Santarém. O rito da missa foi impecável, cada detalhe preparado com muito amor, com muita liberdade e cheio da mística Amazônica. Foi uma liturgia muito envolvente, que conseguiu integrar quilombolas, indígenas, povo das religiões de matriz africana, as comunidades eclesiais base, minha família e amigos de minha cidade, a vida religiosa consagrada, o clero e a família franciscana.  

O bispo ordenante foi Dom José Maria Pires, o Dom Zumbi. Ele foi o primeiro bispo negro do Brasil, com uma história de vida belíssima. Sou eternamente grato por ter sido ordenado pela imposição de suas mãos. Que lá do céu, continue intercedendo por nós.

Após a belíssima missa, que teve a duração de três horas, e do almoço, seguimos de barco para Monte Alegre, onde no dia seguinte celebrei a primeira missa. 

Nestas duas décadas quais trabalhos e experiências na vida presbiteral mais lhe marcaram?

Para quem me conhece, sabe o quanto sou intenso naquilo que faço e assumo. Por isso, cada experiência deixou marcas, pois as vivi intensamente, naquele momento presente.

Todavia, em obediência a sua pergunta, vou destacar a Experiência vivida em Manaus (2017-2019), com os refugiados Venezuelanos. Foram anos incríveis, onde compreendi o sentido do ser padre (pai), o sentido de acolher, o sentido bíblico do “dar-lhe vós mesmo de comer”; “se fazer um com outro”; “de assumir suas dores” … Foi uma experiência que deixou marcas, assim como a dos quilombolas, no baixo amazonas; dos imigrantes haitianos, em Boa Vista-RR; a experiência na minha paróquia natal, em Monte Alegre; a experiência de professor e orientador nas escolas onde trabalhei.

Hoje sigo fazendo experiências marcantes: no meio acadêmico onde estou inserido; Família Franciscana (CFFB); na CRB e tantos outros espaços de vivências e convivências. 

Deixe uma mensagem para os leitores desta entrevista, especialmente os vocacionados ao ministério presbiteral.

Viva a vida intensamente e seja feliz. O nosso estado de vida é um valioso meio para alcançarmos a felicidade. E Jesus é o nosso mestre nesse caminho, basta ouví-lo, caminhar e descansar com Ele.

Foto: Arquivo Pessoal do Frei Alex Assunção, OFM

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