Frei Florêncio na reunião do Núcleo para o Rito Amazônico

Fonte: ceb.bo

Frei Florêncio Vaz, OFM é indígena do povo Maytapu, natural de Pinhel no rio Tapajós, frade da Custódia São Benedito da Amazônia e antropólogo. A partir da sua  experiência de atuação no ensino acadêmico e também pelas suas raízes culturais e vivências junto aos povos amazônicos, especialmente junto aos indígenas do Baixo Tapajós, foi convidado para compor e colaborar na Coordenação da subcomissão de aspectos sociológicos e antropológicos do Rito Amazônico. Nos trabalhos da subcomissão convidou outros antropólogos, a maioria leigos e leigas, para colaborar em um grande levantamento sobre aspectos do modo de viver e celebrar dos povos pan-amazônicos. 

A subcomissão fez um acurado trabalho de leitura e levantamento bibliográfico para produzir um relatório sobre múltiplos aspectos da cultura na Pan-amazônia. Ele resume as principais linhas culturais dos povos com o objetivo de ser a contribuição para prática celebrativa à luz da vida amazônica. O relatório foi entregue, apresentado e discutido na reunião em Santa Cruz. 

Fonte: ceb.bo

Frei Florêncio destaca que esse foi “um desafio muito grande por se tratar da cultura, da cosmologia, crenças e ritos” da imensa região amazônica. A partir do relatório, junto aos demais materiais das outras subcomissões, será gerado um material unificado que deverá ir às bases de toda a Igreja na Amazônia. O material encaminhado deverá ser lido e apreciado pelas lideranças e todo o povo. Após esse retorno, um relatório final deverá auxiliar na composição do rito. 

Por: Frei Fábio Vasconcelos 

Delegados do Núcleo do Rito Amazônico da CEAMA se reúnem para aprofundamento sobre a realidade amazônica 

Fonte: ceb.bo

Vinte delegados do Núcleo do Rito Amazônico da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) se reúnem de 12 a 14 de setembro, na Arquidiocese de Santa Cruz, para socializar referências sobre a realidade amazônica em vista da elaboração do Marco Geral do rito e definir os próximos passos de trabalho do núcleo. 

A criação do Rito Amazônico surgiu como proposta do Sínodo para a Amazônia. O núcleo está formado por 20 membros segundo critérios de representatividade.  A comissão para o rito, sob os cuidados da CEAM, está dividida em quatro subcomissões: Antropológica-Sociológica e Espiritual, Histórica-cultural, Teológica-eclesiológica e Ritual-jurídica.  

Por meio desse núcleo se está trabalhando na “leitura da realidade religiosa, antropológica, cultural, tradicional e teológica das culturas amazônicas, para resgatar e aprofundar o estudo das tradições e ritos que foram nascendo dentro da Amazônia nestes 500 anos de presença da religião cristã e católica, para imergir o processo de inculturação”, assinala o bispo do Vicariato Apostólico de Pando e coordenador do Núcleo do Rito Amazônico na CEAMA.

Esta equipe de trabalho se reúne em Santa Cruz (Bolívia) de maneira presencial, depois de um ano e meio de trabalho virtual, para dar passos e programar uma segunda etapa de avanço deste processo. “É uma alegria esse momento de encontro dentro do caminho da CEAMA e com esta perspectiva ir aproximando e traduzindo cada vez mais o Sínodo da Amazônia ”, afirma o bispo. 

Durante o encontro haverá exposições e serão compartilhadas as investigações realizadas pelas quatro subcomissões, para identificar elementos comuns da região amazônica que serão considerados na elaboração do Marco Geral do Rito. Dom Coter espera que esta presença dos delegados seja iluminada, “pela realidade eclesial no caminho desta terra sagrada na qual todos somos convidados a caminhar, tirando os calçados, para reconhecer como Deus fala através desta terra e seus ambientes”. 

“Deus, que quer levar-vos este anúncio de alegria e de esperança, capaz de exprimir-se nos sinais específicos das suas culturas”, enfatizou Dom Coter ao mesmo tempo que concluiu esperando que os povos, culturas e Igreja da região amazônica se reconheçam neste Rito Amazônico. 

Fonte: Micaela Diaz

(https://ceb.bo/2023/09/delegados-del-nucleo-del-rito-amazonico-de-la-ceama-se-reunen-para-profundizar-la-realidad-amazonica/)

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