Maria e a vocação religiosa feminina na Amazônia

Foto: Arquivo Custodial

Falar em Maria é comunicar o Magnificat, a ação ao Deus todo-poderoso, todo-amoroso, que desceu dos céus e se fez homem e habitou entre nós (cf. Jo 1, 14). Para habitar entre nós, Ele quis precisar da jovem Maria, serva simples, humilde, pequena, aberta a ação do Espírito Santo; eis o que diz o anjo: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” (Lc 1,35).  A jovem Maria acreditou nas palavras do anjo e disse: Sim!  A partir daquele momento sempre foi guiada pelo poder do Santo Espírito, testemunhando a fé na vida, desde o nascimento do menino Jesus, na fuga para o Egito, na adolescência quando ele se perde, nas bodas de Canaã, intercedendo e cuidando do filho durante sua missão pelos vilarejos e cidades e permanecendo fiel e em pé diante  da cruz e por fim recebendo  seu Filho morto no colo

Também na ressurreição lá estava ela, assim como no cenáculo à espera do mesmo Espírito Santo; unânimes, perseveravam na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus” (At 1,14). Maria, cheia do Espírito Santo, é a primeira a fazer a experiência de Pentecostes. O Espírito de Deus, que atua em Maria, vai agindo e preparando os eleitos para a missão, pois Maria comunica, com sua simples presença e saudação.

Por isso, olhando a Maria  e espelhando nossas vidas no seu Sim cotidiano, aberto e perseverante a vocação religiosa tem como missão escutar, ver, servir e perseverar no amor, todos os dias sempre buscando olhar ao alto vivendo uma vida de oração e entrega e ter os pés no chão da realidade praticando o evangelho no serviço aos irmãos e irmãs nas diversas realidades. E por falar em realidades, destaco aqui a vocação religiosa feminina na Amazônia, um dom de Deus para a Igreja, mulheres que recebendo o chamado para estar mais próximas do Senhor, deixam suas casas, famílias sonhos pessoais, para estar em obediência com a vontade do Senhor, nos diversos chãos da Amazônia; escolas, famílias da cidade, interior, ribeirinhos, hospitais, periferias, paróquias, grupos sociais, catequéticos, evangelizando e testemunhando com a vida o que Jesus nos deixou como mandamento; “ que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). 

Maria nas bodas de Canaã (Jo 2) estava atenta e viu que faltava vinho, assim são as religiosas nesta terra tão linda e tão cobiçado da Amazônia, vivem atentas a perceber aonde está faltando vinho, faltando amor, dignidade, direitos, empatia, cuidado, zelo, vida, sinodalidade e evangelização.

Deixo aqui um apelo a você jovem que sente o apelo do Senhor te chamando para um encontro pessoal com ele, chamando a segui-lo com maior radicalidade; “Tu vem e segue-me”, diga sim como fez Maria, deixe o Espírito Santo te conduzir, há muitos que esperam por você, pelo teu sim, pela tua doação e desprendimento, pois não há mais alegria em que dar a vida pelo irmão.

Com carinho,
Ir. Marlene Fátima Betlinski, fa

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