
Foto: Frei Ulysses Calvo, OFM
São Benedito nasceu perto da ilha da Sicília, Itália, em 1526. Seus pais eram escravizados vindos da Etiópia para a Sicília. Filho de Cristovão Manasceri e de Diana Larcan. O casal gostaria muito de ter filhos, mas sabiam que se tivessem seriam escravos e isso eles não queriam para os filhos. O senhor deles, sabendo disso, prometeu que, se eles tivessem um filho, daria a ele a liberdade para o primogênito. Assim, eles tiveram Benedito. E, como prometido, ele foi libertado pelo seu senhor ainda menino.
Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e sempre aproveitava para rezar o Rosário, ensinado por sua mãe.
O Santo sempre foi insultado por causa de sua raça. A calma e paciência eram marcas da sua personalidade. Vendo isso, o líder dos eremitas franciscanos, Frei Jerônimo Lanza, convidou-o para fazer parte da congregação. São Benedito aceitou prontamente, vendeu tudo o que tinha e se tornou um eremita franciscano, ficando com eles por volta de cinco anos.
O Papa Pio IV ordenou aos eremitas que se juntassem a qualquer ordem religiosa. Benedito foi então para o convento franciscano da Sicília, que tinha por nome Santa Maria de Jesus. Lá, Benedito entrou como irmão leigo, assumindo uma função tida como secundária: a de cozinheiro. Benedito, porém, fez da cozinha um santuário de oração e fervor. Vivia sempre alegre e com muita mansidão, conquistando a todos com sua comida saborosa e sua simpatia.
Foi transferido depois para o convento de Sant’Ana di Giuliana, ficando por quatro anos. Depois retornou para o convento de Santa Maria de Jesus, permanecendo ali até sua morte.
O santo, sempre se preocupou com o cuidar do outro. Ele poderia não se encontrar no melhor estado de saúde, mesmo assim, sempre que solicitavam seus cuidados, São Benedito, estava ali disposto.
São Benedito não era procurado apenas para cuidar da parte físicas ou espiritual dos menos favorecidos, mesmo o santo sendo analfabeto os teólogos viajam muitas horas para encontrar o santo e conversar, pois ele era de uma sabedoria sem igual. Benedito, mesmo tendo entrosamento com pessoas no alto escalão, preferia se juntar aos mais humildes e nunca deixou ninguém sem ajuda.
Devemos ter São Benedito como exemplo de paciência, principalmente nos dias que vivemos, onde qualquer coisa é motivo para violências verbais e físicas. Devemos ainda, cuidar mais do próximo sem esperar nada em troca como fazia São Benedito. Outra qualidade do santo que devemos aprender é sermos mais obedientes com todos. Isso nos dará mais possibilidades de bons convívio.
Entre as várias orações que li na obra: São Benedito homem de Deus e do povo, vou deixar a oração da obediência.
Oração a São Benedito
Ó Deus, nosso Pai, sei que vosso servo São Benedito era puro e santo de coração. Eu não! Tenho um coração orgulhoso e cheio de vaidade. São Benedito conseguiu ser santo, levando vida de penitente, superando a vaidade, o orgulho, a ganância e a preguiça. Preciso imitar São Benedito, porque também eu quero ter meu coração voltado para vós, em permanente louvor e agradecimento. Preciso fazer penitência: suportar com alegria os defeitos dos que convivem comigo, amar a todos, sobretudo os pobres e doentes, fazer o bem a todos, principalmente àqueles que não podem me agradecer. Ajude-me a mão generosa de São Benedito e a vossa graça, que é sempre abundante para quem vos ama como vos amou São Benedito. Amém!
Referências:
Neotti, Clarêncio. São Benedito: homem de Deus e do povo – Aparecida, SP: Editora Santuário, 2016.
https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-benedito/129/102/ – acessado dia 05/10/2023.