As SMICs – Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, cofundadoras da Missão São Francisco do Rio Cururu (Terra Indígena Munduruku/ Jacareacanga – PA), acolheram duas jovens do povo Munduruku no processo formativo da Congregação. O “despertar vocacional” das jovens é muito parecido com aquele que os frades também estão vivendo em relação às vocações vindas daquele povo.
Confira o relato da Irmã Cláudia Regina, SMIC:
“Até o ano em que celebramos o centenário da missão São Francisco do Rio Cururu, junto ao povo Munduruku, nós não havíamos feito pastoral vocacional explicitamente, mas a partir de lá, nós começamos a fazer algumas formações sobre missão e sobre a participação daquele povo na igreja. Em 2017 começamos a realizar os encontros vocacionais. Convidamos os jovens para falar de vocação: a vocação religiosa, a vocação sacerdotal, a vocação familiar e incentivamos que eles começassem a falar sobre isso com as famílias deles. Muito rapidamente, percebeu-se que eles começaram a entender melhor, e o envolvimento mais ativo de alguns foi imediato.”
“Em 2019, uma das nossas irmãs começou um grupo vocacional com as jovens. Tratava-se de um grupo vocacional voltado para a vida religiosa. Depois de dois anos de acompanhamento, de quatro jovens, duas delas, Leila Waro Munduruku e Luciane Saw Munduruku, decidiram responder positivamente e começar o processo formativo.”
Vocações munduruku: uma experiência nova
“Como nós ainda não tínhamos nenhuma experiência em relação à formação com as jovens indígenas, nós decidimos ficar com elas lá na comunidade da missão por um período curto de quase quatro meses. Durante este tempo, elas continuaram confirmando que gostariam de perseverar na caminhada, então a encaminhamos para a próxima etapa na casa da nossa congregação, que é a experiência do aspirantado.”
Uma caminhada vocacional de esperança
“No último dia 20 de fevereiro, juntamente com a posse da nova liderança que foi eleita e o envio de uma das nossas irmãs para a África, nós fizemos a acolhida oficial dessas duas jovens no grupo de Aspirantado. No total elas são três: além das duas jovens da Missão Cururu, uma outra jovem que é da cidade de Alenquer (PA).”
“Para a nossa congregação, a vocação indígena munduruku é uma experiência nova, apesar de estarmos vivendo com eles há mais de cem anos. Para nós, enquanto congregação, estamos muito esperançosas de que foram duas vocações de muitas que poderão vir depois delas.”
A Custódia São Benedito da Amazônia se alegra e festeja a vocação das irmãs missionárias, e principalmente, pela vocação Munduruku. Continuamos em oração pelas jovens que ingressaram no aspirantado e por todas as demais vocações.
– Texto: Equipe de Comunicação Custodial com colaboração de Irmã Cláudia Regina, SMIC.
– Fotos: Irmã Cláudia Regina, SMIC.