Ser um frade menor na Amazônia e no mundo de hoje?
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Frade, do latim frater, que significa irmão, é como vem chamado um católico consagrado a Deus; pertencente a uma Ordem mendicante e que reside em uma comunidade (fraternidade) conventual. O Frade pode ser tanto um clérigo (ministro ordenado/padre) como leigo. Juntos buscam viver, à luz do Santo Evangelho, o sonho de fraternidade/irmandade que inspirou o jovem Francisco de Assis na sua relação com Deus e com todas as criaturas, no seguimento de Cristo. O Frade Menor é, antes de tudo, um homem desejoso de viver o seu compromisso batismal; que se consagra a Deus, professando os conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. À maneira de São Francisco e tendo-o como modelo, procura seguir mais de perto o Cristo pobre, humilde e crucificado; observando o Evangelho como regra de vida.
A vocação de Francisco
O processo de conversão do jovem Francisco, tem início quando ele encontra o Cristo presente no Evangelho. Estando em Perugia, como prisioneiro de guerra, lhe cai entre as mãos o livro dos Evangelhos. Desde então, é na palavra de Deus que Francisco encontrará inspiração para o seu novo modo de vida. Tanto é que, quando os seus irmãos, já bastante numerosos, lhe pedirão uma regra para organizar e direcionar a vida da nova comunidade, lhes dirá:
“a vida e a regra dos frades menores é esta: observar o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem propriedade e em castidade”.
Um chamado no coração da Amazônia
Discernir a própria vocação, religiosa ou não, não é uma tarefa fácil. Ainda mais em uma época em que temos opções e escolhas quase infinitas a fazer, identificar a voz de Deus em meio ao barulho de pressões sociais e desejos individuais pode ser mais desafiador do que nunca – especialmente à medida que continuamos a lidar com as implicações da época bastante conturbada que vivemos.
Ao mesmo tempo, há uma fome no mundo de hoje pelos valores de São Francisco de Assis. Ainda hoje pode-se escutar o ecoar dos exemplos deixados pelo Santo da paz. As pessoas em todos os lugares respondem à clareza da mensagem do Pobrezinho de Assis – à sua coragem de pacificador, à profundidade de sua compaixão por todas as pessoas e toda a criação, e à sua preocupação especial pelos pobres e marginalizados – todas as expressões de seu profundo amor para Cristo
